sábado, 26 de setembro de 2015

AS CARTAS NO CINEMA

A arte cinematográfica, desde o seu surgimento, tem incorporado as cartas e seus jogos nas suas produções, não somente como elementos decorativos de determinadas cenas, que é o mais comum, mas também como parte fundamental da trama de alguns filmes. Um exemplo disso são os filmes citados a seguir, em alguns dos quais as cartas adquirem, inclusive, protagonismo.

Carmem, a de Ronda (Sara Montiel)
Cincinnati Kid (Edward G. Robinson, Ann Margret e Steve McQueen)


UMA GRANDE MÃO PARA UMA PEQUENA DAMA


Esta é a tradução do título de um filme interpretado por Henry Fonda e Joanne Woodward em 1966, (A Big Hand for the Little Lady), que em sua versão brasileira intitulou-se O Destino Também Joga. Nela um grupo de aventureiros trama um mirabolante plano para ganhar o dinheiro que uns ricos fazendeiros de gado apostam na mesa de jogo durante uma grande partida de pôquer que acontece anualmente. Praticamente todo o filme gira em torno da mesa de jogo e dos tipos peculiares de jogadores envolvidos na partida.
Outro filme que tem na partida de pôquer um elemento essencial do roteiro é The Cincinnati Kid (O Rei do Jogo, 1965), embora neste caso se trata de pôquer aberto. Steve McQueen, o rapaz de Cincinnati, tenta destronar o rei do jogo, interpretado por Edward G. Robinson, num campeonato mundial oficial de Stud de cinco cartas.
Perder na mesa de jogo tem consequências surpreendentes para James Spader e Mandy Patinkin no filme A música da Sorte (The Music of Chance, 1993), baseado na novela homônima de Paul Auster, que se convertem em escravos da dupla ganhadora, Charles Durning e Joel Grey. Os perdedores são condenados a insólitos trabalhos forçados, como se houvessem realizado uma viagem alucinante a uma dimensão desconhecida.

OUTRAS PARTIDAS CÉLEBRES DE PÔQUER


Em O Golpe (The Sting, 1973), Paul Newman joga pôquer contra Robert Shaw com dinheiro que lhe roubou, um pouco antes, seu comparsa de golpes, Robert Redford. Os desejos de vingança de Shaw contra New-man permitirão que a dupla protagonista acabe "depenando" o irado gangster.
Em House of Games (1987), estréia cinematográfica de David Mamet - um grande dramaturgo e amante das cartas, dos truques e dos jogos em que elas são utilizadas -, Lind-say Crouse fica fascinada por um trapaceiro, Joe Mantegna, que a arrasta em um turbilhão de emoções.
Gert Frobe, o malvado Goldfinger que dá nome ao filme homônimo de James Bond (o terceiro protagonizado por Sean Connery), é um jogador de pôquer que utiliza a tecnologia para conhecer as cartas dos seus adversários. Para isso conta com a colaboração de Shirley Eaton, que observa a mão dos outros jogadores e as transmite para Goldfinger. Depois de ser seduzida por Bond, Eaton trai Goldfinger, que a mata cobrindo seu corpo com ouro.
Muitos outros filmes contribuiram para colocar o pôquer entre os jogos preferidos de Hollywood. Maverick (1994) gira em torno das aventuras de um trapaceiro de mesmo nome, interpretado por Mel Gibson, em uma grande partida que se celebra a bordo de um dos mais famosos barcos do Mississipi. Em M.A.S.H. (1970), Elliot Gould leva ao conhecimento do mundo a famosa jogada conhecida como "oklahoma". Outro grande filme, O Estranho Casal (The Odd Couple, 1968), Walter Matthau e seus amigos participam de tranquilas partidas de pôquer, até que Jack Lemmon se instala em sua casa e se converte em um fortíssimo inimigo de jogo. Em Mc-Cabe and Mrs. Miller (1971), Warren Beatty abre um cassino e um bordel em uma gélida cidade mineira do norte do estado de Washington, graças ao dinheiro que consegue dos mineiros na mesa de jogo.



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